segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Viagens em tinta

Não sei… É estranho… Em momentos como este, de viagens intermináveis até chegar a um porto seguro, ainda não encontrei ventos favoráveis que fizessem esquecer momentos marcantes da vida…
As nostalgias que esqueceram-se muitas vezes invadem agora os meus pensamentos, e a esperança começa a renascer novamente quando mesmo essa não faz sentido em acreditar…
As vidas alteraram-se, e não tendo nada em comum com a outrora “Alma gémea” as saudades dos lençóis envoltos em corpos despidos de preconceitos invadem-me a cabeça novamente e um buraco negro obscuro toma conta do meu inconsciente…
É em momentos como este que certas amizades esquecidas voltam, e tudo começa a construir-se lentamente e com a tudo o que tenho direito… O amor, o carinho… Os laços á muito, muito esquecidos…
Aquele chão que antigamente pisávamos juntos e a tinta que pintou as nossas paredes, estão agora completamente abandonados, e nem tu, nem eu, temos tempo para juntarmos novamente este arco-íris de cores…
Cada um tem agora a sua nova vida, e cada um de nós volta a ser desconhecido, como aquele velho no banco do jardim que outrora escreveu a canivete que o amor era eterno…
Agora eu próprio digo, escrevo e pinto… O amor não é eterno… Mas o sofrimento… Esse animal indomável… Estará sempre lá…Nas paredes que um dia foram nossas…

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mudanças...

Acabou!

Podes Respirar!

Agora podes fazer tudo o que um dia disseste-me!

Luta, Berra, Trinca, Arranca!

Faz o que apetecer-te pois não é mais o confidente das noites aquele homem que fez-te supostamente feliz!

Em que nesse teu mundo imaginário tu idealizavas um mundo sem lei e rebelde!

Pois hoje faz isso mesmo!

Sê livre, ao teu gosto!

Constrói-te!

Faz-te!

Junta-te!

Eu?

Irei observar como aquele homem que um dia foi ao cinema e no final sorriu…

Porquê?

Porque o final de um filme é sempre feliz!

Portanto sorri…

Somos felizes ainda que não estejamos juntos, somos felizes ainda que não partilhemos as nossas aventuras e somos felizes ainda que não tenhamos as nossas fugas naquela cama que um dia sussurrou amo-te aos nossos ouvidos…

Adeus!

Vou ser feliz!

Ou morrer a tentar!

Oportunidades Esquecidas…

Fui tão feliz nos momentos em que partilhámos as mais tenras palavras e feitos… Nos momentos em que eu e tu éramos um só sem preconceitos, ou supostos entraves a uma relação que se diria longa. Mas… Após um grande enrole de palavras, tu disseste-me as palavras que um dia foram proibidas, dizendo-me que já não me amavas mais… O meu coração parou por breves momentos desde o choque inicial até hoje…

Sim… Estive morto por demasiado tempo, remoendo onde é que eu errei, e hoje, tenho a certeza absoluta que isso não é possível, pois eu era a pessoa especial que te fazia todos os dias melhores… Quando pedias-me a Lua, eu iria roubá-la só para ti… Quando já querias o Sol, eu fazia do dia noite só para te ver feliz… Mas nada do que eu pude realizar foi o suficiente…

Agora tenho de construir e juntar novamente as peças que tu um dia deitas-te ao chão…

E continuas a achar que ninguém viu o que fizeste-me?

Remei contra a dor incrível de tentar fazer-te feliz todos os dias para que fossem uns melhores que os outros! E também eu queria parar! Para levantar-me outra vez…

Mas tu sugavas-me novamente e voltava a cair no obscuro buraco negro que atormentou a nossa relação. Olhas-me hoje com olhar indeciso de não saber o que fazer?

Pois eu digo-te… Vive e deixa-me viver…

Não quero voltar a cair…

E tu irás encontrar outro que te dará a Lua o Sol as estrelas e todas as constelações…

Eu? Bem… Irei encontrar as terras prometidas que um dia sussurraram-me ao ouvido quando era mais novo dizendo-me que ali seria feliz com alguém que me amava pelo que a minha essência é!

Tiveste a tua oportunidade…

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Certeza da Mentira

Quando sabíamos que aquele laço que prendia-nos extinguiu-se eu continuava pávido e sereno na expectativa que num dia mais tarde iria despir-te outra vez de preconceitos no quarto onde outrora fomos felizes.

Mas não… Tudo isso acabou… Porque fizeste isto?

Este pecado que ignoras-te ao longo do tempo em que fizeste-me sempre acreditar em que era possível reatarmos os laços novamente como um príncipe fez com uma certa raposa…

Mas não…

Estragaste o quadro que eu um dia pintei para mim no meu narcisismo ignorante e inofensivo…

Deixaste-me à mercê das ondas atribuladas do meu coração em que tenho de enfrentar tempestades sem sentido, mas que ao mesmo tempo procuro sentido na confusão misteriosa que se instalou no meu inconsciente superior, inferiorizado pelas tuas palavras sem sabor… sem amor… sem desculpa…

Mas tu própria disseste que não querias mais… Disseste que não querias fazer-me sofrer… Mas… Escreveste onde eu próprio tinha dito um dia para mim mesmo que ninguém iria tocar!

Hoje olho para mim sem sentido nenhum, sem saber do que ando à procura e de onde tenho de procurar…

Mas apesar de tudo… Obrigado… Fizeste-me perceber finalmente o que era amar sem eu mesmo ter sido amado… Finalmente Senti… Finalmente sou Homem…

Agora?

Irei procurar os meus laços que um dia tu lanças-te para o vazio da escuridão que agora instalou-se no meu coração…

Até Sempre…

Amo-te…

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fotografias

Olho para cada imagem e tento fazer-me dela um momento…

Só assim consigo estar ainda ao pé de ti, não sei se faz sentido para ti mas para mim é só assim que consigo agora viver cada dia que passa...

Um minuto agora, parecem horas infindáveis das quais eu quero fugir e dizer para mim mesmo que acabou…

Tenho de rasgar as fotografias que outrora eram únicas para nós, as lembranças, acho que só assim é que conseguirá viver…

Mas não… É difícil largar-me de uma coisa tão bonita e fugaz como tu…

Porquê?

Porque fazes-me isto?

Não eras feliz?

Desculpa, não queria que isso acontecesse e agora… Agarro-me as fotografias e choro por cada segundo que não estou contigo para saborear os momentos que antigamente éramos tu e eu numa dupla que ao mesmo tempo era uma simbiose mútua e sentida…

Posso afirmar que, um dia, eu senti amor…

Rasgarei as fotografias da minha memória?

Não… Porque aquele era o tempo onde as mãos se fechavam e tudo era simples e brilhante num amor que reluzia ao mínimo toque…

Só te posso dizer...

Obrigado…

Facilidades escritas, não prometidas…

Dizem que é fácil escrever, pôr tudo o que nos vai na alma por meras palavras, mas o difícil é prometer…

Promessas vagas e sem sentido que presentemente já não significam nada para uma relação que outrora era duradoura.

O sentimento invade-me, não consigo esquecer por mais que tente, pois foste tu que me deste cada pedaço, cada momento único onde nunca conseguirei largar.

Continuarei a procurar-te por todos os cantos da casa, cheirando cada pedaço para encontrar finalmente o teu cheiro que evadiu o meu corpo no passado.

Quem me dera que nada disto tivesse acontecido, ainda sonho que isto não passe de um pesadelo e que acorde e que veja que afinal tudo era irreal e tenho-te ao pé de mim…

Mas não, é mentira e tenho de enfrentar os meus medos, os meus receios, o amor que sinto por ti…

A escuridão que finalmente tornou-se Sentida

Escrita Vaga…

Sem Sentido…

É só o que nestes dias consigo escrever… Não me perguntem porquê, mas uma coisa digo… Pela primeira vez estou a sofrer… Cada minuto que passa é um inverno tenebroso que passo na cama fria e nua onde agora está vazia…

É interessante pensar que depois de tanto escrever, de tanto sentir este “sentimento” pela primeira vez estou realmente a sentir, o vazio, a escuridão, o não saber o que fazer e a incansável pergunta que nós próprios fazemos a nós próprios quando nos sentimos assim…

Porquê?

Porque teve isto de nos acontecer, agora quando tudo parecia que estava bem encaminhado dizem-nos que não, não vale mais continuar, quando nós o que desejaríamos é que fosse eterno…

Haja o que houver, daqui em diante, a única afirmação que posso fazer, é que estarei aqui para o que der e vier… Mas não me podem pedir para deixar de amar, para deixar de evadir-me os pensamentos, de deixar de sentir…

terça-feira, 25 de maio de 2010

Não te preocupes…

É incrível, tudo era belo, pintado pelas mãos de uma criança que ainda agora começara a viver…

Parecia algo impossível… Mas estava a acontecer, e eu estava ali, presente nos momentos mais lindos e que alguma vez me fez sentir verdadeiramente… Feliz!

Agora? Resumo-me a escrever as palavras que senti, sinto e sentirei… Algo inexplicável que eu, agora, não consigo ainda explicar. Quero estar junto de ti outra vez… Naqueles momentos de loucura em que tu me procuravas e eu respondia com as mais tenras letras, dizendo palavras pelos lábios sem utilizar o som… Não falávamos mas unicamente nos sentíamos.

Queria voltar aí… Onde tudo parecia um dia novo prestes a raiar os primeiros traços daquele sol de praia calorenta. E eu, olhava-te nos olhos e dizia-te que queria-te ali, colado em mim, como as páginas do livro que tem uma história linda e brilhante para contar.

Mas não te preocupes, eu continuo a viver cada dia pelos postais que tu um dia me mandavas, dos sítios Que um dia tu própria levavas-me lá…

Agora, não me ligas, não me falas, não me olhas… Não me beijas!

Mas…

Não te preocupes, eu vou continuar a amar-te como no dia que nos conhecemos, mesmo que para isso não tenha a lua agora para me guiar, nas noites frias que vejo agora nas paredes.

Mas quero que saibas, que sem ti não existe dia, não existe noite… Existe simplesmente o vazio nos meus braços que um dia agarraram-te, tocaram-te e beijaram-te cada traço do teu corpo.

Mas… Não te preocupes… Eu irei continuar a viver…

A viver na incansável procura do sol, da lua, do calor, da magia, nem que para isso… Ter-me de refugiar nos dias frios, escuros daquela cama que um dia… Era… Amor…

Um velho naquele barco abandonado

O barco remava sem destino e o velho do barco estava lá ainda.

As rugas na sua face mostram o que ele passou, o que ele sofreu e hoje, ainda anda à procura de ventos favoráveis para o levarem de volta aos tempos da adolescência onde ele próprio disse-me um dia, que foram os dias mais felizes da vida dele.

É tenebroso pensar que um dia, todos nós seremos como o velho no barco sem destino, onde andaremos em círculos infinitos à procura de um rumo à nossa vida, e não temos ninguém para agarrarmos e dizermos para dar fôlego à nossa vela.

Hoje o dia acordou novamente triste, e o velho continua a divagar pelas ondas que vão-se agitando cada vez mais, mas ele não quer ainda sair do mar que um dia o encontrou.

Ele lança a sua linha e espera que alguma coisa morda, mas… Nada.

O mar não está favorável para a pesca já à uns longos anos para aquele velho, mas ele não desiste e diz que foi ali que um dia conseguiu apanhar um dos maiores acontecimentos da sua vida… A razão que o fez voltar ao mar um sem vezes de contas e diz que nunca sairá dali até ao dia que conseguir esse momento mais uma última vez.

Eu sentei-me no cais a olhar para o velho, mas nada. Não acontecia sequer um movimento, e eu como não percebi o porquê de ele continuar assim fui-me embora.

Passou mais um dia, mas hoje parece que existe um cheiro especial pelo ar, um cheiro a água salgada que não me largou desde o dia de ontem.

Chego ao cais e o velho do barco já não estava lá. A silhueta do barco já não aparece e eu não entendo o facto de o velho não encontrar-se ali hoje.

Pergunto ao pescador onde estava o velho do barco, ao que ele me responde:

- “Ele finalmente encontrou o que queria, finalmente voltou aos seus tempos onde tudo era belo, mas nós, pescadores de terra, ainda nos encontramos aqui parados, à espera que encontremos também aquele momento.”

Não percebi ao princípio as palavras do pescador, mas só mais tarde consegui entender…

Passaram agora 70 anos desde que eu vi o velho. Nunca mais consegui ver o eclipse das velas a bailarem ao vento, mas hoje, sou eu que conduzo o barco, já não sou pescador de terra, agora ponho rumo às velas e espero que um dia, elas levem-me aos momentos em que eu construí aquele castelo de areia imóvel que parecia indestrutível, até uma onda do mar embarca-lo para um mundo diferente.

Obrigado, velho do barco. Finalmente percebi que a vida afinal não deve ser passada em terra, mas sim no mar, para nós próprios pudermos ser donos do nosso barco e guiámo-lo pelas estrelas coladas ao céu, onde um dia, eu próprio, possa desaparecer para me tornar um só com o mar, como tu um dia também tornaste-te.

Algo incrível… Sem explicação

Incrível, uma perspectiva magnífica, um sem número de explicações, que não tem assunto.

Isto aquilo que faz de ti um ser especial, um ser magnifico e magnânime que tu próprio tens de controlar de dia para dia.

Se um dia corre bem, então grava esse próprio dia na tua memória, se te correr mal, não te preocupes, melhores dias virão para te sentires outra vez como aquele menino de olhos alegres e felizes por brincarem com ele.

Vive cada dia como o último pois só assim conseguirás embarcar nesta aventura que se chama viver.

Eu não falo de viver só por si, e cair na rotina infindável a que cada um de nós está agarrado, mas sim viver com emoção, viver com alegria, viver com sentimento, viver com o coração, viver com… Amor.

Não sabem o que é? Eu passo a explicar…

Decide tu próprio hoje o que queres fazer. Agora, não o faças, e pensa numa outra coisa completamente diferente para tu próprio fazeres com alguém!

Será especial e inesquecível esse pequeno momento que passaste com essa pessoa, pois são esses momentos que te fazem relembrar alguém que tu és e serás.

Acabarás por viver uma vida cheia de prazer e aventuras onde tu criaste um caminho que, até á data, ainda nem tinha sido explorado. O caminho da alegria, o caminho do movimento, o caminho de fazeres alguém feliz.

É assim que agora vivo, e hoje…

Sou um pássaro livre que abre as suas asas para voar nesse mundo fora!

sábado, 8 de maio de 2010

A essência da imaginação

Lá estava…. Ela… Quieta… Como à sua volta não pertence-se a ninguém. Eu, por palavras esforçadas, disse-lhe para levantar-se e vir comigo. Precisava dela, pois era isso o que mais queria nesse momento, nós, juntos contra marés inimagináveis, em que cada onda era uma simples conjunção de coisas Insignificantes.

Respondeu-me e eu não percebi. Pedi-lhe para dizer novamente com a sua suavidade do costume, calou-se.

Eu queria mais, queria que ela viesse e embarca-se nesta viagem incrível que se chama Viver.

Mas não, continuava sentada no mesmo sítio do costume como tudo à sua volta nem sequer estivesse lá.

E eu, tentando-me fazer real, cheguei-me mais perto e acariciei-lhe a face que descrevia tudo o que se passava. Pareciam rosas que ainda não tinham encontrado o seu cheiro matinal.

Sussurro em um tom claro e límpido para ela perceber que eu não queria mal, só me bastava estar com ela, ficando tempos sem fim a observar aqueles olhos de gota de água límpida e transparente.

Então, como vindo das profundezas do seu ser, ela levanta-se, grita, exalta-se, dizendo que tudo não passa de um sonho e que eu não sou real, e que assim a magoarei ainda mais, pois tudo aquilo não é, senão, produto da imaginação. Assim que me disse isto, como uma seta que acabara de trespassar o coração dos mais infiéis, agarro-a e levo-a de ali para fora.

Abro a porta com uma raiva crescente devido a ela não acreditar e mostro-lhe a vida… A vida nua e crua como ela é, onde por vezes magoa, onde por vezes fere-se, mas onde por vezes… Se ama.

Ela fica fascinada com tudo à sua volta. Começa a perguntar o porquê das coisas, como uma criança que começa a dar os seus primeiros passos das palavras proferidas sem mal.

Eu explico-lhe que tudo não passa de acreditar se não nela própria.

Ela fita-me com os olhos, não entendeu o que acabei de dizer.

Explico-lhe novamente que a vida é deixar-se viver.

Ela continua sem perceber.

Agarro-a novamente, e fujo, para bem longe, para onde o mundo se iniciara a alguns anos atrás.

- “Vês aquele ponto, é onde tudo começou, onde toda a matéria acumulada está pronta a explodir, isto… É viver enclausurado. Devemos deixar que esta bomba rebente, e leve-nos a sítios magníficos e incríveis, pois só isso será deixar-nos viver.”

Ela olha para o pequeno ponto reluzente num pano escuro e frio, e toca-lhe… Uma explosão de cores magníficas dá-se, onde nenhum pintor conseguirá alguma vez repetir aqueles efeitos que eu próprio vi.

O interior está agora à vista de todos e eu… Vi!

Aquele interior tão belo, tão fugaz, tão livre, estava ali…

Mas observei de mais perto, apercebi-me que tudo aquilo ainda tinha o tal pano escuro e frio.

Perguntei-lhe o porquê? Porque ainda estava aquela cor ali.

Não me soube responder. Perguntei-lhe mais alto para ver se me ouvia… Mas não ouviu novamente. Continuei a gritar, e neste ponto começou tudo a fugir. Tudo o que tinha visto e conseguido estava agora a desmoronar mesmo à minha frente, aquelas paisagens magníficas estavam a deteriorar-se como um castelo que acabara de ser lacerado com as rochas frias, feias e pútridas.

Acabei por voltar à razão, levantei-me, e comecei a escrever… E agora estou aqui… Sozinho. Abandonado à minha escrita, como a mulher alguns momentos atrás.

Esta é a viagem da imaginação. A imaginação que não passa disso mesmo. Pensamentos livres e sem barreiras. Onde tudo, mas mesmo tudo à nossa volta… Se cria, se sente, se toca, se cheira, se prova… Mas… Que não é real.

Não é real, até nós mesmos acreditarmos na prova irrefutável, que cada um de nós tem uma imaginação só sua e que deve ser expressada, amada… Sentida.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Banco de Jardim

Ali está ele...
Imóvel... Quieto... Morto... Irreal...
É confuso pensar que ali uma vez... Fomos felizes... Fomos verdadeiramente únicos...
O amor, a paixão, o sentimento... já não existe.
Só um lugar frio e cheio de memórias naquele banco...
Lembras-te?
O quanto éramos felizes?
Lembras-te as noites sem fim que nos enrolávamos ali no banco?
Eu lembro-me... Perfeitamente...
Os teus lábios a percorrerem-me o corpo... As tuas mãos de seda a ficarem mais quentes... O teu coração a bater mais depressa...
Até que por um breve momento... Fazia-se silêncio... Tudo parava à nossa volta... E eu, ficava a olhar-te... Olhos nos olhos como a presa vê o atacante...
Quero voltar aos tempos do banco...
Aos tempos em que tudo era perfeito...
Aos tempos em que amanhecia contigo a olhar para o horizonte...
Quero recordar-te de todas as maneiras imaginárias e impossíveis...
Vamos voltar ao nosso recanto, onde tudo era simples e fácil...

Quero Recordar-te...

Regressa...

Ela fugiu preponderante pela rua envolta em lágrimas...
Embrulhou-se na escura e tenebrosa noite...
Sinto-me vazio...
O ar que outrora enchia-me os pulmões agora sabe a uma mistura de desprazer e indignidade...
Porque sou assim?
Porque não consegui agarrar-te quando eu próprio prometi-te agarrar?
É estranho pensar que as coisas são tão breves.
É estúpido pensar que afinal o que parecia uma vez 1... agora já não existe...
Quero voltar para ti... Para tu própria dizeres o que eu sinto em relação a isso!
Agarra-me, esfola-me, tortura-me, Morde-me, Parte-me... Mas não me largues!
Não quero dizer-te adeus... Nem nunca direi...

Uma decisão tem de ser tomada...

E eu?

Esperarei no banco do jardim, onde uma vez, fomos felizes...

Ideias Difusas

Já há muito tempo que não escrevia...
Não sabia que tinta haveria de utilizar...
Uma escura, uma clara, uma flamejante, uma fumegante... Só me apetece escrever!
Mas nestes momentos da vida que passam, nem sei bem o que posso pôr em papel.
Sei que ele está ali, há minha espera.
Pronto para um início incrível e inesquecível, mas... E então?
Será isto que devo sentir?
Será assim a cor do sentimento... Não, não pode.
Refuto a ideia de pertencer a ideais que para mim são fúteis e desnecessários.
Calam-me a boca... Porquê?
Porque não posso expressar-me das maneiras que eu quero e sinto?
É estúpido pensar em algo assim, tão fútil, tão desnecessário, tão... Útil?
Não sei...
É confuso...
Frio...
Escuro...
É simplesmente...
Confusão