segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fotografias

Olho para cada imagem e tento fazer-me dela um momento…

Só assim consigo estar ainda ao pé de ti, não sei se faz sentido para ti mas para mim é só assim que consigo agora viver cada dia que passa...

Um minuto agora, parecem horas infindáveis das quais eu quero fugir e dizer para mim mesmo que acabou…

Tenho de rasgar as fotografias que outrora eram únicas para nós, as lembranças, acho que só assim é que conseguirá viver…

Mas não… É difícil largar-me de uma coisa tão bonita e fugaz como tu…

Porquê?

Porque fazes-me isto?

Não eras feliz?

Desculpa, não queria que isso acontecesse e agora… Agarro-me as fotografias e choro por cada segundo que não estou contigo para saborear os momentos que antigamente éramos tu e eu numa dupla que ao mesmo tempo era uma simbiose mútua e sentida…

Posso afirmar que, um dia, eu senti amor…

Rasgarei as fotografias da minha memória?

Não… Porque aquele era o tempo onde as mãos se fechavam e tudo era simples e brilhante num amor que reluzia ao mínimo toque…

Só te posso dizer...

Obrigado…

Facilidades escritas, não prometidas…

Dizem que é fácil escrever, pôr tudo o que nos vai na alma por meras palavras, mas o difícil é prometer…

Promessas vagas e sem sentido que presentemente já não significam nada para uma relação que outrora era duradoura.

O sentimento invade-me, não consigo esquecer por mais que tente, pois foste tu que me deste cada pedaço, cada momento único onde nunca conseguirei largar.

Continuarei a procurar-te por todos os cantos da casa, cheirando cada pedaço para encontrar finalmente o teu cheiro que evadiu o meu corpo no passado.

Quem me dera que nada disto tivesse acontecido, ainda sonho que isto não passe de um pesadelo e que acorde e que veja que afinal tudo era irreal e tenho-te ao pé de mim…

Mas não, é mentira e tenho de enfrentar os meus medos, os meus receios, o amor que sinto por ti…

A escuridão que finalmente tornou-se Sentida

Escrita Vaga…

Sem Sentido…

É só o que nestes dias consigo escrever… Não me perguntem porquê, mas uma coisa digo… Pela primeira vez estou a sofrer… Cada minuto que passa é um inverno tenebroso que passo na cama fria e nua onde agora está vazia…

É interessante pensar que depois de tanto escrever, de tanto sentir este “sentimento” pela primeira vez estou realmente a sentir, o vazio, a escuridão, o não saber o que fazer e a incansável pergunta que nós próprios fazemos a nós próprios quando nos sentimos assim…

Porquê?

Porque teve isto de nos acontecer, agora quando tudo parecia que estava bem encaminhado dizem-nos que não, não vale mais continuar, quando nós o que desejaríamos é que fosse eterno…

Haja o que houver, daqui em diante, a única afirmação que posso fazer, é que estarei aqui para o que der e vier… Mas não me podem pedir para deixar de amar, para deixar de evadir-me os pensamentos, de deixar de sentir…