segunda-feira, 26 de abril de 2010

Banco de Jardim

Ali está ele...
Imóvel... Quieto... Morto... Irreal...
É confuso pensar que ali uma vez... Fomos felizes... Fomos verdadeiramente únicos...
O amor, a paixão, o sentimento... já não existe.
Só um lugar frio e cheio de memórias naquele banco...
Lembras-te?
O quanto éramos felizes?
Lembras-te as noites sem fim que nos enrolávamos ali no banco?
Eu lembro-me... Perfeitamente...
Os teus lábios a percorrerem-me o corpo... As tuas mãos de seda a ficarem mais quentes... O teu coração a bater mais depressa...
Até que por um breve momento... Fazia-se silêncio... Tudo parava à nossa volta... E eu, ficava a olhar-te... Olhos nos olhos como a presa vê o atacante...
Quero voltar aos tempos do banco...
Aos tempos em que tudo era perfeito...
Aos tempos em que amanhecia contigo a olhar para o horizonte...
Quero recordar-te de todas as maneiras imaginárias e impossíveis...
Vamos voltar ao nosso recanto, onde tudo era simples e fácil...

Quero Recordar-te...

Regressa...

Ela fugiu preponderante pela rua envolta em lágrimas...
Embrulhou-se na escura e tenebrosa noite...
Sinto-me vazio...
O ar que outrora enchia-me os pulmões agora sabe a uma mistura de desprazer e indignidade...
Porque sou assim?
Porque não consegui agarrar-te quando eu próprio prometi-te agarrar?
É estranho pensar que as coisas são tão breves.
É estúpido pensar que afinal o que parecia uma vez 1... agora já não existe...
Quero voltar para ti... Para tu própria dizeres o que eu sinto em relação a isso!
Agarra-me, esfola-me, tortura-me, Morde-me, Parte-me... Mas não me largues!
Não quero dizer-te adeus... Nem nunca direi...

Uma decisão tem de ser tomada...

E eu?

Esperarei no banco do jardim, onde uma vez, fomos felizes...

Ideias Difusas

Já há muito tempo que não escrevia...
Não sabia que tinta haveria de utilizar...
Uma escura, uma clara, uma flamejante, uma fumegante... Só me apetece escrever!
Mas nestes momentos da vida que passam, nem sei bem o que posso pôr em papel.
Sei que ele está ali, há minha espera.
Pronto para um início incrível e inesquecível, mas... E então?
Será isto que devo sentir?
Será assim a cor do sentimento... Não, não pode.
Refuto a ideia de pertencer a ideais que para mim são fúteis e desnecessários.
Calam-me a boca... Porquê?
Porque não posso expressar-me das maneiras que eu quero e sinto?
É estúpido pensar em algo assim, tão fútil, tão desnecessário, tão... Útil?
Não sei...
É confuso...
Frio...
Escuro...
É simplesmente...
Confusão